quarta-feira, 13 de junho de 2012

Namorada.

Baixinha, magra, cabelos compridos.

Tira foto de si mesma no espelho.

Calça jeans, allstar, blusa de touca com manga comprida que esconde parte da mão pra ela ficar puxando fazendo charme.

Tatuagem de estrela, coração, borboleta.

Arruma emprego fácil, tem a bunda ou o peito classificado no top 3 dos melhores da firma, segundo os homens que trabalham lá.

Dirige carro popular vermelho.

Conversa por celular como se fosse da classe C e estivesse nos anos 80.

Acha Twitter uma perda de tempo.

No Facebook, compartilha piadinhas, coisas de maquiagem, bebês e gatinhos.

Quer ter filhos, nem sabe pra quê. Mas sente muito a necessidade.

Sua personalidade não tem nada especial. É apenas o modelo de beleza mais aceito pela sociedade, e, logicamente, pelo seu namorado, que a conheceu numa festa qualquer meio bêbado e decidiu que essa era a menos burra de todas que ele já tinha pego antes.

E é com essa mediocridade que acha que sua vida está ótima e não precisa refletir em nada.

E é com essa mediocridade que eu tenho que lidar com a minha solidão de pessoa que não encontra alguém que queira refletir e dividir a vida, o universo e tudo mais.

Aliás, encontrar até encontro. Mas são as pessoas mais feias do mundo.

Um comentário:

The Sole Survivor disse...

Quer ter filho pra por na creche, pq tem gente que acha chique ter filho na creche.

Tem certas coisas que dá raiva, esse povo que leva a vida no super easy.