segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ah, como eu odeio.

Atualmente vivo em poucas fases de revolta no estilo adolescente, daquele que bate a porta e chora no refrão de Perfect. E cada ano que passa elas estão mais brandas e racionais, o que os seres humanos convencionais gostam de chamar de amadurecimento. Eu não gosto de chamar de nada. Não falo do que não conheço direito. Acho que muitos deveriam fazer o mesmo.

E como todo momento de grande revolta sempre vem seguido de grandes reflexões, consegui encontrar mais peças desse quebra-cabeça maluco dessa nave chamado eu.

Na época do natal, feriado que é tão católico quanto as imagens de santos na umbanda, há uma certa tradição que adquiri há quase 10 anos. Eu fico empolgada para o dia da troca do presentes, mas no dia passo totalmente mal-humorada. No ano novo também, mas no ano novo é por causa do sono e dos fogos. Eu não gosto de ficar acordada sem motivo aparente, e ainda mais sem me divertir. Fora que eu não gosto de fogos. Desde pequena odiava quem ficava estourando bexiga depois do parabéns. Eu também estudei com uma menina que teve a cara inteiramente queimada por fogos e andava de máscara. Eu odeio fogos.

Todo esse "luto" agora tem uma denominação: Síndrome de Sexta-Feira. Comecei a notá-la na minha vida depois desse post (aliás, obrigado 3G, pois cheguei a essas conclusões numa manhã dentro de um transporte público e teria se perdido totalmente se não fosse a existência do aplicativo do blogger no meu celular). É bem simples, o meu excesso de expectativas estraga todos os momentos. Um ciclo se forma, onde eu começo com ilusões, vou indo de encontro com a realidade até atingir o ponto de que odeio tudo e todos sem nenhuma grande razão, acordar no dia seguinte pensando "se eu tivesse sido mais simpática teria sido mais legal" e tá lá, toda a porcaria de novo.

Um amigo uma vez me disse (nessas mesmas palavras) "E daí que é sexta, mano? Segunda a gente volta pra essa bosta de novo" Discordei dele na época, porque acordar 8 da manhã de sábado sem ninguém gritar que a casa estava suja era o máximo. Era o ponto alto da minha semana. Pra ele o final de semana era pegar ser próprio carro, sair com sua namorada, ver seus muitos amigos. Atualmente ele trabalha numa agência enorme, continua com seu carro e namorada. Eu estou mais gorda, mais sem carreira que estava antes, fazendo mais faxinas diárias, porém menos deprimida, e mais sensata do que nunca. O que a síndrome de sexta-feira tem com isso? Ela + tudo que deu errado esse ano ao contrário são minhas resoluções de 2012.

Obvio que não irei dizer quais são. Tudo que eu divulgo dá errado.

O escrito acima está fazendo pouco sentido e eu não vou ajeitar. Já foi difícil me botar escrevendo-o.

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