domingo, 15 de janeiro de 2012

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Tá tudo errado na minha vida.

E não importa o que eu faça, a minha condição não muda.

2012 sem dúvida já é o ano que minha vida tá me exigindo ainda mais, e me dando ainda menos.

Minha vida é uma criança mimada.

Ela passou anos me maltratando e quando eu resolvi que estava acostumada e não me importava mais, ela resolveu me ferrar mais um pouco.

Passei minha infância sendo a criança mais pobre da escola, depois cresci pra ser adolescente mais feia do colégio e atualmente sou a jovem loser de qualquer habitat que eu pertença.

A pior parte é não saber pra onde andar mais. Eu peguei o caminho de muitos e não encontrei o vale encantado que eles estão. Nesse momento eu estou olhando pro meu reflexo em um pântano cheio de sapos e olhando ocasionalmente para trás, procurando o atalho errado que me fez parar ali.

Além de estar presa nesse pântano, estou sozinha.

E quer saber? Estou sozinha aos 22, estarei aos 32, 42, 52 e se minha condição for a mesma, espero nem chegar aos 62.

Domingo, 1 da manhã, estou ouvindo: Creep - Radiohead há pelo menos meia hora direto, e nenhuma expectativa de melhora.

Chego a conclusão de que a vida quer que eu seja menos egoísta.Que eu simplesmente dedique minha vida aos outros.Que eu nasci pra servir. Que vim pra esse mundo para cuidar dos traumas de infância dos meus pais, para resgatar animais das ruas, para ouvir amigos em momentos ruins. E só.

Procurar uma carreira, um relacionamento ou até mesmo atingir uma aparência física mais próxima do agrado popular não é pra mim.

Devo ganhar o suficiente para me sustentar, e doar minha alma pelo bem da comunidade.

Lembro na minha adolescência imaginar algo como "Imagina, se com 20 e poucos eu continuar sem namorado, com todos meus amigos namorando?"

Ah, Priscilla. Você não tinha nem idéia.

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